Revelei fotos – sim, costume antigo – dia desses pela primeira vez em 2022 e, enquanto as olhava, algo me chamava a atenção. Era algo talvez escondido, que custei a me dar conta, mesmo que estivesse em quase todas as imagens. Quando enfim percebi o que me tinha de gritante não deixei de me surpreender. Eram… sorrisos.
Depois e cerca e dois anos, eles voltaram a ser elementos constantes das fotografias de família e amigos e novamente apareciam com destaque e sem censuras ou restrições. Nesta leva, voltavam em sua maioria a estarem destapados de máscaras as quais haviam sido incorporados desde de março de 2020.
Eu sei, eu sei. A pandemia não acabou, o Brasil está deste jeito e tudo mais. Ok. Sorrir, então, não deixa de ser um ato de coragem e até resistência nesses tempos de pandemia e guerras. Que eles não sejam para cantar vitória, mas para mostrar: ainda estamos aqui, ainda gostamos das nossas pessoas, apesar disso tudo.
Agora parece que vem uma nova onda e já até perdemos a conta de qual será, se quarta, se quinta. Acho que ainda tem bastante estrada pela frente até os respiros de liberdade serem destemidos, profundos e literalmente a plenos pulmões até em lugares fechados de higiene duvidosa. Mas que, neste trajeto, não percamos mais o costume de sorrir.