Terra ao longe, mar adentro

Não sei exatamente o que se passa. Logo eu, capricorniano tão construtor de raízes, vivo tanta inconstância nos últimos meses. Continentes, terra firme, tudo parece longe do meu barco, que hoje navega por entre ondas com alturas de desafio.

Olho para trás e os 12 anos de CLT em jornal tradicional já estão um tanto distantes. Já sou passado naquela redação. Hoje, o jornal que estou – que sequer com papel trabalha – já se mostra mais sólido, ainda que precise se provar toda hora para mostrar que veio, sim, para ficar.

Após anos de estudo em comunicação, agora frequento o prédio da Arquitetura. Debato sociologia e urbanismo com mestrandos e doutorandos. O que sou ali? Mero jornalista, sequer pós-graduando. Mas com a bola no pé e com bastante campo pela frente.

Não sei o que vai ser daqui a dois meses, daqui a um ano, nem dois. Às vezes parece que esse mar agitado faz voltar àquela noite de janeiro de 2009, em que recebi o canudo cantando Nei Lisboa, abrindo a estrada que chega aonde eu for. Sigamos, pois!