Tristeza e derrota uruguaia em Porto Alegre

 Já tinha feito a cobertura no ano passado, lembrando aqui, Libertadores tem que ter emoção. Como não havia nenhum representante gaúcho (pelo menos originalmnete gaúcho) na final da Libertadores, a torcida migrou para os vizinhos uruguaios. Dessa vez, a vitória não veio, mas a cobertura direto de uma concentração de torcedores carboneros, feita para o CP, tá aí embaixo:

   Nem Grêmio, nem Inter, pois já estavam fora da disputa – e muito menos Santos. Em peso, a torcida gaúcha esteve a favor do Peñarol na noite desta quarta-feira, durante a final da Copa Libertadores. Porém, a mobilização não foi suficiente, e o time uruguaio terminou com o vice da América após levar 2 a 1 no estádio Pacaembu, em São Paulo, o que fez a noite de animados fãs carboneros terminar desanimada.
   Em um dos restaurantes especializados na culinária do país vizinho em Porto Alegre, o El Viejos Panchos, dezenas de torcedores – de variadas idades – compareceram para gritar pelo Peñarol, entre um pedido de Parrillada e outro. Junto a eles, camisetas e mantas nas cores da equipe, preto e amarelo. Com os cânticos, alguns palavrões e a animação dos mais exaltados, o estabelecimento se transformou em um setor do estádio Centenário, de Montevidéu, ao longo dos 90 minutos da partida.
   A cada bola que era tirada de Neymar ou Ganso, a vibração era como a de um gol. E nos chutes e nos cruzamentos do Peñarol, o grito de “Uh” ecoava pelo salão. No intervalo, quando estava 0 a 0, o clima era de otimismo na tentativa de derrotar o Santos. No entanto, já no primeiro minuto o time da casa abriu o placar e, mais tarde, marcou o segundo, desanimando os presentes. O gol carbonero, no fim da partida, deu esperança que não vingou, mas rendeu aplausos no fim do jogo.

Tristeza uruguaia

   Entretanto, o “renascimento” do Peñarol no cenário sul-americano não foi o bastante para o segurança Juan Sosa. “Ninguém quer perder na final”, lamenta ele, que é uruguaio e mora em Porto Alegre desde 1987. “Mas é uma sequência. Começou com a Copa do Mundo do ano passado, agora foi o Peñarol e daqui a pouco tem a Copa América”, teorizou. “Se tudo der certo voltaremos a ser campeões dentro do Brasil”, projetou.
   O mesmo ânimo, contudo, não se repetiu em seu amigo Daniel. Com algumas lágrimas nos olhos, repetiu que não queria perder e quando iria falar para a reportagem, gaguejou e levou a mão ao rosto, afagado por Juan. “Ele foi no jogo do Peñarol aqui no Beira-Rio e lá no Centenário”, explicou o amigo, que lembrou-se de agradecer à torcida gaúcha: “Todo mundo esteve com o Peñarol, valorizando o nosso sangue charrua”