Ela o olhou bem parecido como antes. E como naquelas vezes, teve vontade absurda de beijá-la. De voltar e ficar. Mas já não dava mais. Precisava olhar para frente. Ainda que assim abdique de vez de um tão bom passado não distante.
Bom não, ótimo. Só que alguma coisa aconteceu entre aquelas vezes e seu presente. Algo que não sabe identificar. Que, não mais que de repente, pôs tudo a perder. Quem deixou tardes alegres se transformarem em ausência?
Já é tempo de olhar para frente, consterna-se.
Ali num horizonte quiçá próximo, um futuro faz menção de se aproximar. Talvez o espere, talvez não. O caminho até ele não é claro, é escuso. Também confuso – ainda mais quando o miram assim, como dantes.
No fim conclui, com certa tristeza, que a história do passado já não passa mais de um simples pretérito perfeito. Entretanto, vê com simpatia o provável futuro tornando-se mais presente.
Quem sabe não doa tanto. Quem sabe não doa. É hora de olhar para frente, afinal.
Intervalo de tempo
Anúncios
sempre interessante!
Sempre bons textos…
Há braços!!
Os registros servem para lembrar da dor da qual nem mais sabia nosso coração.
Cada vez melhor nos textos, menino!
Aqui. ainda sem muito tempo, mas com um pouco de esperança para o felino.
Abração.